Andei, andei, andei...
Através do cosmos, em busca dos meus sonhos eu caminhei.
Era você quem eu queria encontrar.
E com toda fé que tenho eu me pus a caminhar.
Era como se fosse minha missão, a cada dia aprendia uma lição,
em cada passo do caminho a cada batida do coração.
Te procurei em cada esquina, te procurei em cada olhar.
Te procurei em cada pôr do sol, te procurei em cada luar.
Andei, andei, andei...
Vários sonhos construi, vários sonhos eu sonhei.
Cheguei a um lugar qualquer e perguntei por você, lá como no resto do mundo não souberam me responder.
Descansei meu corpo sobre o chão e tentei adormecer, a fé que tinha no amor, era a razão do meu viver.
Levantei-me logo cedo, e continuei a procurar.
Procurar o caminho dos tolos, que acreditam na vida e tem sede de amar.
Andei, andei, andei...
O sol havia nascido e com ele eu caminhei.
No caminho encontrei flores, que não haviam desabrochado,
sentei-me bem ali, para ver sua beleza e sentir o seu perfume.
Admirar as coisas belas se tornou meu mal costume.
Andei, andei, andei...
Vi rios e montanhas, e teu sorriso eu procurei.
Andei, andei, andei...
Não como um peregrino, na busca da razão.
Andei para buscar a metade que nasceu pra aquecer meu coração.
Já era entardecer quando vi teu rosto no crepúsculo do horizonte, com lágrimas na face vi teus olhos se esconderem atrás dos montes.
E foi assim por muito tempo.
Procurei teu cabelo ondulando a cada vento.
E foi assim em cada curva.
Queria ver teu rosto acariciado pela chuva.
Andei, andei, andei...
As vezes, o cansaço me fazia refletir, mas meu anjo se aproximou de meu ouvido, e me disse que eu não podia desistir, e, com o farfalhar de suas asas me ajudou a prosseguir.
Depois de muito tempo o cansaço, fez meu coração doer e minha fé enfraquecer, neste momento resolvi que era tempo de voltar.
Mas bastou olhar pra traz para teus olhos encontrar.
Quem me dera saber que tipo de luz carregas contigo, pois enquanto clamava teu nome, era tu que caminhavas comigo.
Andei porque precisava amar.
Andei porque precisava aprender o amor certo, e desaprender o amor errado.
Pois enquanto vivi a tua procura e gritava teu nome, você guardava minhas costas e caminhava ao meu lado.
Andei, andei, andei...
As pedras e tempestades, a desilusão e a dificuldade, não me impediram, de caminhar.
O aprendizado da vida é o pouco que connosco podemos levar.
Andei, andei, andei...
E tudo começa ao se caminhar, na terra tudo que é desconhecido foi feito para se trilhar.
Mas antes vou deixar meus joelhos caírem na terra, e agradecer a Deus pelo dom de procurar.
Andei, andei, andei...
P.J.S
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Tomando uma cerveja com Deus
E se pudéssemos conversar com Deus, assim como conversamos com um grande amigo?
Que os religiosos perdoem meu espírito rebelde, mas ontem ousei ir tomar uma cerveja com o bom e velho Deus. E acreditem o Grande Arquiteto bebe!
Foi em um pôr-do-sol lindo! Deus estendeu seu mando de bondade para que nos acomodássemos no chão, bem próximo a grama, sentindo o vento de fim de tarde trazer o cheiro de flores até nós, enquanto segurávamos em nossas mãos cada um uma “latinha”.
Falamos sobre coisas triviais como o tempo, o problema político no Brasil (já se tornou um assunto trivial), falamos sobre frango assado e grelhado, sobre qual a melhor marca de carro e como o padrão de beleza das pessoas se torna cada vez mais estranho.
Mas também falamos sobre coisas sérias e como dois grandes amigos desabafamos sobre muitas coisas, e permitimos um ao outro dar opiniões sobre as escolhas e feitos do outro.
A certa altura resolvemos – ou eu resolvi – falar sobre minha vida.
“Você acha que terei sucesso na busca por meus sonhos?”
Deus não teve pressa para responder. Olhou-me de relance, e em seguida concentrou-se no horizonte rosa pintado como um tapete de honra que o Sol estende para entrada da Lua e das estrelas. Deu um gole em sua cerveja, estalou os lábios com satisfação, e por fim disse bondosamente:
“O que você entende por sucesso?”
“Ora, é quando atingimos nossos objetivos!” respondi
Deus sacudiu a cabeça afirmativamente, concordando, e depois pareceu distrair-se novamente
“Há alguma outra definição para sucesso?” – perguntei
Ele olhou-me enquanto dava outro gole em sua cerveja.
“É claro que há! Imagine, você diz que ter sucesso é atingir seus objetivos, certo?” concordei “mas enquanto você não os atinge isso faz de você um fracassado?”
Fiquei pensando em uma resposta, mas ele continuou antes que eu pudesse dizer algo.
“Existe outra forma de sucesso que acho mais interessante. Veja bem, a maioria das pessoas que atingem seus objetivos, não sabem o que fazer com eles depois. Eu não chamaria isso de sucesso. Sucesso é você se perguntar á todo momento: O que estou fazendo com minha vida? Como estou vivendo? Estou realmente vivendo? E conseguir responder a isso.”
A princípio não compreendi bem o que ele estava dizendo, mas aos poucos, tudo foi clareando em minha mente. Talvez fosse a cerveja!
“Que tipo de sujeito você é?” perguntou-me Ele me olhando.
“Sou o tipo mais normal do mundo, quero ter um bom emprego, dinheiro e felicidade”.
“Este é o problema das pessoas que buscam o sucesso!”
“Não entendo, isso é um problema?”
“Sim, pois se você apenas quiser, não conseguira fazer nada. Nem mesmo eu posso criar algo apenas querendo. É necessário fazer, trabalhar em nossas atitudes o verbo fazer. Lembre-se do que disse o profeta ‘No principio era o verbo’, e este é o verbo a que ele se referia. Fazer! Quando queremos criamos um sonho, mas sem fazer, este sonho não se movimenta e se perde. E é exatamente no fato de fazer, e não de querer, que está à poesia da vida, o grande barato é poder realizar algo.”
Fiquei alguns instantes saboreando aquelas palavras, ruminando a idéia da diferença entre o querer e o fazer.
“e sabe o que mais” continuou ele “só faltou uns petiscos para completar esta cerveja”.
Concordei. Ficamos ali por mais alguns minutos observando os últimos raios de luz descortinar as estrelas enquanto Deus brincava com sua lata vazia, amassando e batucando uma melodia que acabara de criar.
Que os religiosos perdoem meu espírito rebelde, mas ontem ousei ir tomar uma cerveja com o bom e velho Deus. E acreditem o Grande Arquiteto bebe!
Foi em um pôr-do-sol lindo! Deus estendeu seu mando de bondade para que nos acomodássemos no chão, bem próximo a grama, sentindo o vento de fim de tarde trazer o cheiro de flores até nós, enquanto segurávamos em nossas mãos cada um uma “latinha”.
Falamos sobre coisas triviais como o tempo, o problema político no Brasil (já se tornou um assunto trivial), falamos sobre frango assado e grelhado, sobre qual a melhor marca de carro e como o padrão de beleza das pessoas se torna cada vez mais estranho.
Mas também falamos sobre coisas sérias e como dois grandes amigos desabafamos sobre muitas coisas, e permitimos um ao outro dar opiniões sobre as escolhas e feitos do outro.
A certa altura resolvemos – ou eu resolvi – falar sobre minha vida.
“Você acha que terei sucesso na busca por meus sonhos?”
Deus não teve pressa para responder. Olhou-me de relance, e em seguida concentrou-se no horizonte rosa pintado como um tapete de honra que o Sol estende para entrada da Lua e das estrelas. Deu um gole em sua cerveja, estalou os lábios com satisfação, e por fim disse bondosamente:
“O que você entende por sucesso?”
“Ora, é quando atingimos nossos objetivos!” respondi
Deus sacudiu a cabeça afirmativamente, concordando, e depois pareceu distrair-se novamente
“Há alguma outra definição para sucesso?” – perguntei
Ele olhou-me enquanto dava outro gole em sua cerveja.
“É claro que há! Imagine, você diz que ter sucesso é atingir seus objetivos, certo?” concordei “mas enquanto você não os atinge isso faz de você um fracassado?”
Fiquei pensando em uma resposta, mas ele continuou antes que eu pudesse dizer algo.
“Existe outra forma de sucesso que acho mais interessante. Veja bem, a maioria das pessoas que atingem seus objetivos, não sabem o que fazer com eles depois. Eu não chamaria isso de sucesso. Sucesso é você se perguntar á todo momento: O que estou fazendo com minha vida? Como estou vivendo? Estou realmente vivendo? E conseguir responder a isso.”
A princípio não compreendi bem o que ele estava dizendo, mas aos poucos, tudo foi clareando em minha mente. Talvez fosse a cerveja!
“Que tipo de sujeito você é?” perguntou-me Ele me olhando.
“Sou o tipo mais normal do mundo, quero ter um bom emprego, dinheiro e felicidade”.
“Este é o problema das pessoas que buscam o sucesso!”
“Não entendo, isso é um problema?”
“Sim, pois se você apenas quiser, não conseguira fazer nada. Nem mesmo eu posso criar algo apenas querendo. É necessário fazer, trabalhar em nossas atitudes o verbo fazer. Lembre-se do que disse o profeta ‘No principio era o verbo’, e este é o verbo a que ele se referia. Fazer! Quando queremos criamos um sonho, mas sem fazer, este sonho não se movimenta e se perde. E é exatamente no fato de fazer, e não de querer, que está à poesia da vida, o grande barato é poder realizar algo.”
Fiquei alguns instantes saboreando aquelas palavras, ruminando a idéia da diferença entre o querer e o fazer.
“e sabe o que mais” continuou ele “só faltou uns petiscos para completar esta cerveja”.
Concordei. Ficamos ali por mais alguns minutos observando os últimos raios de luz descortinar as estrelas enquanto Deus brincava com sua lata vazia, amassando e batucando uma melodia que acabara de criar.
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