sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Contagem Regressiva

Contagem regressiva.

10 – Não lamente, apenas tente novamente.
9 – Não faça mil promessas que sabe que não vai cumprir.
8 – Não gaste todo seu decimo terceiro, esperando que o ano novo seja novo porque suas roupas também o são.
7 – É um tempo fantástico esse ano novo, as esperanças se renovam, os sonhos acordam e parece que tudo se faz possível, porém se no ano novo é assim, tente sentir e viver um pouco deste sentimento em todos os outros 364 dias deste ano que é todo seu.
6 – Pule ondas, faça uma oração, coma lentilhas, veja os fogos, beba champanhe e seja feliz.
5 – O ano novo funciona como uma injeção de animo use essa injeção para dar continuidade aquele projeto esquecido, aquele problema mal resolvido e aquele tempo mal vivido.
4 – Não se esqueça que este ano novo vive dentro de você, das suas atitudes, do bem que você pratica, dos sonhos que você torna realidade ou ajuda a construir.
3 – Junte seus amigos sua família e comemore, mas lembre-se de juntar a família e os amigos durante o ano todo.
2 – Mude seus conceitos e suas ideias, afinal nada como um ano novo para nos fazer pensar de maneira nova.
1 – Estoure seu champanhe, estoure uma gargalhada, reflita, respire fundo e...
0 -... Feliz ano novo.

O que desejo a todos aqueles que amo, fica explicito nesta musica que fala do básico.
Porém sabemos que às vezes o básico é quase tudo.

Djavan

Composição: Djavan / Gabriel O Pensador

Não vá levar tudo tão a sério
Sentindo que dá, deixa correr.
Se souber confiar no seu critério
Nada a temer
Não vá levar tudo tão na boa
Brigue para obter o melhor
Se errar por amor Deus abençoa
Seja você

No que sua crença vacilou
A flor da dúvida se abriu
Vou ler a carta que o Biel mandou
Pra você, lá do Brasil:

"Eles me disseram tanta asneira, disseram só besteira
Feito todo mundo diz.
Eles me disseram que a coleira e um prato de ração
Era tudo o que um cão sempre quis
Eles me trouxeram a ratoeira com um queijo de primeira
Que me, que me pegou pelo nariz.
Me deram uma gaiola como casa, amarraram minhas asas
E disseram para eu ser feliz

Mas como eu posso ser feliz num poleiro?
Como eu posso ser feliz sem pular?
Mas como eu posso ser feliz num viveiro,
Se ninguém pode ser feliz sem voar?

Ah, segurei o meu pranto para transformar em canto.
E para meu espanto minha voz desfez os nós
Que me apertavam tanto
E já sem a corda no pescoço, sem as grades na janela.
E sem o peso das algemas na mão
Eu encontrei a chave dessa cela
Devorei o meu problema e engoli a solução
Ah, se todo o mundo pudesse saber.
Como é fácil viver fora dessa prisão
E descobrisse que a tristeza tem fim
E a felicidade pode ser simples como um aperto de mão
Entendeu?

É esse o vírus que eu sugiro que você contraia
Na procura pela cura da loucura,
“Quem tiver cabeça dura vai morrer na praia.”

P.J. S

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Carta.

A carta.

A carta chegou a minhas mãos em um dia qualquer, numa tarde qualquer.
A carta não possuía selo postal, não tinha remetente e muito menos carimbo.
A carta não trazia cartões de credito ou contas.
Ao abrir a carta, me deparei com uma folha em branco.
Nada escrito, nenhuma imagem e nenhum logo tipo.
No campo reservado para o nome do destinatário lia-se: Para você.
Isso me deixou em duvida, pois aquela carta poderia ser para qualquer outra pessoa.
Por alguns instantes fiquei ali, sentado observando aquela carta sem remetente e sem palavras.
Seria uma ameaça?
Imaginei que não, pois não tenho tantos inimigos assim.
Seria um convite?
Descartei esta hipótese, pois como poderiam te convidar para alguma coisa ou para algum lugar, sem fornecer um endereço?
Guardei a carta.
Fui viver minha vida, mergulhei no cotidiano como todo mundo faz, mas todo mundo em algum momento para, reflete e se faz perguntas, sejam elas complexas ou simples.
Nesses momentos de indagação, eu me dirigia até aquela gaveta e segurava a carta em minhas mãos.
Fazia isso como se esperasse que a qualquer momento, letras magicas surgissem daquele papel.
Guardei a carta.
Falei com alguns amigos sobre a carta.
A reação de meus amigos foi a mesma que a minha. Incredulidade.
Quem se daria ao trabalho de sair por ai enviando cartas sem remetente, ou sem conteúdo?
Guardei a carta, mas não seu conteúdo.
Resolvi carregar aquele papel em branco comigo.
É claro que me senti ridículo, não é todo dia que um homem com trabalho, filho para criar e responsabilidades resolve sair por ai com uma folha em branco que não sabe nem mesmo de onde ou de quem veio.
Guardei a folha.
Resolvi escrever na folha.
Escrevi o que via minhas impressões do mundo, escrevi coisas que tinha feito e coisas que desejava fazer.
Guardei a folha.
Peguei uma nova folha em branco, pois gostei da experiência de carregar uma comigo para fazer minhas observações do mundo e sobre mim mesmo.
Depois de aproximadamente um ano do ocorrido, eu e Roberto Silva um grande irmão, estamos sentados em um restaurante almoçando.
A conversa é sobre sua faculdade de jornalismo, ele me fala sobre suas três paixões, sua faculdade, sua esposa Clarice e sua filha de quatro anos Beatriz.
Falávamos de uma viagem que ele fez a Espanha.
Ele me disse que anos antes tinha escolhido o nome de sua filha, por conta desta viagem.
Fiquei um pouco confuso, pois a historia não batia. Afinal a filha dele já estava com quatro anos, ele viajou no mês passado. Como podia então ter escolhido um nome para sua filha há quatro anos, baseado em uma viajem que fez no mês passado?
Roberto me perguntou se eu sabia o significado do nome Beatriz.
Eu disse que sim, pois escrevendo algumas coisas me familiarizei um pouco com o latim.
Beatriz significa aquela que faz os outros felizes, respondi.
Exato me disse Roberto.
Agora vou te explicar com mais detalhes – me disse Roberto.
Fiz esta viagem para uma pesquisa da faculdade, mas a pesquisa foi uma tremenda desculpa, pois a viagem envolvia estudantes de Bacharelado em História.
Não tinha muito a ver com Jornalismo, mas tinha a ver comigo.
Viajamos para os mosteiros de Cister na Espanha.
Você conhece o local? – Me perguntou Roberto.
Sim, eu disse. O lugar é lindo cheio de verde e plantações de vinhas.
Os três mosteiros são da ordem de Cister que foi fundada na França.
Os três mosteiros são: Santes creus – Santa Maria de Poblet e Vallbona de les Monges.
Exato disse Roberto.
Já faz cinco anos que recebi uma carta – disse-me Roberto.
Achei tudo muito estranho, a carta não tinha selo, remetente ou carimbo. Tudo que veio com a carta foi uma folha em branco.
Eu não deixei transparecer, mas conhecia aquela historia.
Roberto prosseguiu – Eu não dei muita atenção ao fato, mas escrevi algumas coisas naquela folha, todas as vezes que escrevia um nome vinha a minha mente – Beatriz.
Não sei por que, mas prometi a mim mesmo que se um dia tivesse uma filha seu nome seria este.
Meses depois do ocorrido, estava procurando livros em um sebo, descobri um livro que falava sobre as lendas e folclore da Espanha, uma das lendas falava sobre os anjos que protegiam os doze lugares sagrados do mundo.
A lenda conta que os anjos protetores escreviam pergaminhos e jogavam na terra.
Os pergaminhos por sua vez vinham em envelopes, porém estes envelopes não tinham nada escrito, estas folhas de pergaminhos não tinham nada escrito.
Os anjos guardiões jogavam suas cartas contra o vento e deixavam o acaso e o vento escolher para onde as levariam.
A lenda diz, que se um dia recebermos uma carta sem remetente, sem palavras e sem carimbo e porque estamos recebendo um convite dos anjos guardiões para conhecermos um dos doze lugares sagrados da terra.
A carta também pode significar que você deve construir este lugar sagrado, que pode ser seu pico de paz, sua casa, seu casamento, seu trabalho etc...
A lenda conta que quando escrevemos em um papel em branco, estamos construindo o futuro, de acordo com nossas expectativas, e foi por isso que sempre quis fazer esta viagem, quando saímos da contramão da vida para conhecer lugares tranquilos e cheios de paz, é como se algo se renovasse em nossas vidas.
Entendeu agora porque Beatriz?
Olhei para beatriz que ao lado do restaurante brincava em uma piscina de bolinhas.
Beatriz me olhou com seus olhos gigantes e pretos, me deu um sorriso daqueles sorrisos que conhecemos bem.
Olhei para meu irmão Roberto e disse:
É claro que entendi.
Afinal o que é a vida, se não uma grande folha branca onde escrevemos nosso caminho?
O que seria o mundo sem Deus?
Ou o que seria o mundo sem a nossa fé?
O que seria o mundo sem os anjos que Deus nos envia?
O que seria nossa vida se não pudéssemos contemplar anjos que brincam em piscinas de bolinhas?

P.J. S

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Questões.

Questões.

O que te faz levantar da cama?
O que te faz mandar flores, pra quem você ama?
Qual é a fé que te movimenta?
Qual é a coisa que você não conseguiu, mas ainda tenta?
Com quantos meses você começou a andar?
Com quantos anos começou a sonhar?
Qual é a sua cor predileta?
Quantos tombos levou aprendendo andar de bicicleta?
Qual é o seu desejo inconfessável?
O que você gosta de comer?
Quem você gostaria de rever?
Você ainda consegue desejar?
Existe alguém que queira beijar?
Doce de abóbora com coco ou queijo com goiabada?
Filosofia ou poesia?
Dama o xadrez?
Já chegou lá ou esta esperando sua vez?
Você ganha dinheiro para gastar, ou gasta dinheiro para ganhar?
Você é consumidor ou esta sendo consumido?
Sonho ou pesadelo?
Amor ou desespero?
Qual foi a ultima canção que ouviu?
Simplicidade ou dificuldade?
Pensar antes de agir, ou pensar enquanto age?
Qual foi o ultimo livro que leu?
Qual foi a ultima coisa que prometeu?
Cumpriu?
Estudar para ser alguém?
Ser quem depois de estudar?
O diploma te confere uma nova personalidade, ou sua personalidade muda enquanto você estuda?
Um gato no tapete, um cachorro no quintal ou animais num zoológico?
Nietzsche ou Confúcio?
Madre Tereza ou Gandhi?
O que te faz pensar na vida?
Qual é a dor que você lamenta?
Qual é a força que te sustenta?
Qual é a perca que você ainda não aceitou?
O que é que deveria mudar, mas ainda não mudou?
Será que muda?
Tênis ou sapato?
Tentar de novo, ou jogar tudo para o alto?
O que te faz sorrir?
Quem te faz sorrir?
Bíblia sagrada ou alcorão?
Ioga ou meditação?
Qual foi o seu maior pecado?
Qual foi sua maior vitória?
Acredita em destino ou constrói o seu?
Qual foi a maior mentira que já contou?
Qual é a recompensa que você espera?
Aceita que as coisas não vão bem ou mantem as aparências?
Qual é seu palavrão preferido?
Se fosse contar uma historia agora, qual seria?
Qual é a sua fruta preferida?
Qual é a coisa mais gostosa, mas que é proibida?
O que faz seu coração bater mais forte?
Quem você iria buscar agora?
Quem deixaria para trás?
Tem tempo de sobra, ou já gastou de mais?
Gastou com o que?
Valeu a pena?
Você se conhece?
Galileu ou Copérnico?
Flores ou plantas?
Bem ou mau?
Deus ou o Diabo?
Direita ou esquerda?
Zona de conforto, ou Zona de guerra?
Você luta por aquilo em que acredita, ou ainda esta buscando algo em que acreditar?
Mudar com o tempo ou se deixar levar pela maré?
Mudar de opiniões ou deixar o tempo te mostrar qual é?
Perguntar, pensar, viver, chorar, amar, trepar, gozar, sentir, degustar, cair, levantar, cantar, sorrir, beijar, xingar, voar, deslizar, reclamar, perder, conquistar, sonhar, acordar, pedir, partir, chegar, receber, contemplar, respirar e enfim responder e suspirar.
As perguntas não são para confundir, mas sim para esclarecer.
Responder isso para nós mesmos é um ato de sinceridade. Até porque se não tivermos a capacidade e competência de sermos sinceros para nós mesmos...
...Seremos sinceros com quem?

P.J. S