sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Nossas Brigas com Deus

Por L. Damasio, verão de 2011

Nestas últimas horas do ano de 2011 do nosso senhor, do calendário aceito e praticado pela sociedade cristã moderna, resolvi refletir sobre aqueles momentos de, antes de nos encontrarmos enquanto criaturas com poderes decriador, ousamos, e porque não dizer, nos permitimos brigar com Deus.

No inicio desta reflexão, ao falar-se de briga com Deus, é impossível não nos lembrarmos da famosa passagem bíblica do velho testamento onde Jacó lutou até o amanhecer em sua tenda com Deus, e ali, passou a chamar-se Israel. Há muitas discussões sobre como um homem poderia ter lutado fisicamente com Deus, e vencido como sugere o texto bíblico, em Genesis 33. O fato é que acredito que os catedráticos tenham levado ao pé da letra essa passagem, e com suas explicações catedráticas e no minimo suspeitas, passam por cima de toda a beleza filosófica desta passagem, ao qual todo home e mulher sob a face deste planeta está sujeita. Uma briga com Deus.

Uma grande ilustração deste fato está também em um filme que admiro muito, chamado Patch Adams – O Amor é contagioso (título brasileiro), onde o protagonista da produção encena uma discussão com Deus a beira de um precipício “Você não vale a pena!” diz o personagem encerrando a discussão, e ao virar-se, depara-se com uma bela borboleta pousada em suas coisas, que depois voa até ele, haja visto que a borboleta é um símbolo importante da presença do divino.

O que quero dizer com isso é que, “lutar” ou “brigar” com Deus não é uma coisa totalmente ruim. Nos dois exemplos acima, estes homens que “desafiaram”o criador fizeram grandes realizações visando a evolução espiritual e intelectual do homem.

Em uma breve conclusão, eu me arriscaria a dizer que todos nós, em algum ponto da existência passamos por este momento de confronto com aquilo que acreditamos. Este confronto pode ser a chave que abrirá ou fechará portas para todo o sempre. Confrontar Deus, na minha visão, é atestar de forma consistente a sua existência, ou pelo menos a sua fé Nele, ora pois, não se pode confrontar algo ou alguém que não exista.

A alguns anos, que por vezes parece muito, e por vezes parecem poucos,eu tive o meu confronto com Deus. Hoje somos grandes amigos, e sigo aprendendo coisas maravilhosas. Não sei porque apenas agora resolvi escrever sobre isso. Talvez seja somente agora o momento. O Fato é que a dias penso sobre isso, e somente agora, materializando estes pensamentos nestas poucas palavras, me vejo“livre” para pensar em outras coisdas.

Confrontar Deus não é um pecado, mas uma necessidade natural de nossa condição evolutiva enquanto homens com o poder da criação.

3 comentários:

Paulo Joaquim disse...

Brigar com Deus, é o mesmo que desobedecer aos pais.
Temos uma bíblia inteira cheia de exemplos onde homens simples, profetas, comerciantes, sem fé ou com duvidas, foram levados a acreditar com mais força e mais desejo nesse Deus. Pois devemos entender que se chamamos o ser supremo de pai, é porque seremos sim às vezes filhos desobedientes.
Precisaremos ter nossas orelhas puxadas pela vida, e nosso pai, como todo pai zeloso fica a espreita torcendo por nós e pelo nosso aprendizado.
As poucas coisas que aprendi em minha vida são frutos de minhas incessantes brigas comigo mesmo e com nosso ser supremo. O problema é que brigando comigo mesmo, aprendi apenas que sou falho e não tenho perfeição morando em mim, já nas brigas com Deus nunca tive a menor chance. O cara esta sempre com a razão.

P. J. S.

Fran disse...

Oi amigo... nossa como eu gosto desse filme... é maravilhoso!!!
Concordo com seu ponto de vista. Muitas vezes perdi a fé, e logo depois senti a mão do Pai sobre minha vida. E tudo se resolveu...
Desejo a você e sua família um ótimo ano com muitas realizações.
Bjs saudades.

Lu disse...

Always here ;)