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Quanto mais nos aproximamos da realização de um sonho, mais o mundo deixa de se parecer um mundo de humanos! Eu explico.
Nossa sociedade se tornou uma tormenta, engolindo a si mesma. Hoje em dia só se pensa em ser o melhor, e na esmagadora maioria dos casos, é na base do “custe o que custar”. Sem dó nem pudor mesmo.
Pessoas engolem pessoas, para poder bradar às quatro paredes de sua sala no emprego que é melhor do que o outro, e se vangloria ao olhar perplexo de um monitor 15 polegadas de LCD.
O ser humano hoje em dia é isso! Uma criatura que parece nascer com um chip em fiado na bunda programado para passar os outros pra trás. E vendo o cenário no qual vivemos hoje em dia, é inevitável concluir que nossa sociedade se tornou tão...humana! Chega a dar pena.
Agora voltando aos sonhos.
Quando estamos quase lá, sentindo que é possível alcançar o suspiro sagrado de nossa centelha divina, nos livramos disso tudo. É só você, o mundo e os deuses. Chega a ser quase uma poesia Homérica.
Você percebe claramente que está indo para uma guerra. Não sabe se seu in inimigo é mais forte do que você, se treinou mais, se sua armadura é mais dura e sua espada mais afiada. Mas vai pra luta mesmo assim. O frio na barriga do medo do desconhecido é desconfortável, mas você não trocaria este momento por nada deste mundo, e nem do outro. Esse é exatamente o lugar que você gostaria de estar. Diante do desconhecido e da incerteza.
Sua alma escancara um sorriso gordo.
Você se machuca, mas ao invés de maldizer seus ferimentos, você olha pra eles e sorri. De repente pode até jurar que sente orgulho deles. Vai andar sem a armadura entre os seus, apenas para deixá-las brilhar ao Sol.
Isso é a sensação clara de realizar um sonho. Não precisa ser aquele que sabe mais, nem o que digita mais rápido, nem o que sabe a melhor maneira de comprar almas ou que atende o telefone com a precisão de um ciborg.
Basta ter muita paixão, e coragem de olhar nos olhos dos deuses. Daí então você acaba percebendo, que buscar um sonho, não tem nada de humano. É coisa apenas para quase deuses.
Igualzinho Deus sonhou!
verão de 2010
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