sexta-feira, 23 de julho de 2010

E se talvez, ele fosse apenas um garoto?

E se talvez, ele fosse apenas um garoto?

Tenho ouvido muito falar em Jesus Cristos nos últimos dias, e tanto minha mente me cutucou, que resolvi refletir sobre esta imagem ao qual projetamos toda a nossa salvação e solução para todos os nossos pecados e falta de competência de viver uma vida de verdade. E em meio a todas essas reflexões sobre a vida deste santo homem, me ocorreu uma idéia que a principio me pareceu ingênua, mas aos poucos, passou a ser uma idéia divina: E se Jesus, fosse, em sua época, apenas um garoto com muita vontade de viver?

Nós falamos muito em sua mensagem. Às vezes de forma distorcida, ou às vezes até aumentando um tiquinho - o tal do “eu aumento, mas não invento” -, mas não paramos para pensar em quais eram os seus sonhos?

O que será que aquele garoto inspirador chamado Jesus, filho de um carpinteiro, sonhava quando fechava seus olhos para dormir, ou quando lançava seu olhar sobre as paisagens de Jerusalém, Egito, Israel, e onde quer que ele tenha ido, e se afundava em seus próprios pensamentos?
Quais eram os sonhos de Jesus?

Sei que os pastores, padres e catedráticos dos dogmas dirão: “Ele sonhava transmitir a mensagem de Deus!” ou “Com a união dos homens”, ou ainda “Com a redenção de todos os nossos pecados”.
Mas eu questiono: Será só isso mesmo? Jesus será que nunca sonhou em ter, sei lá, uma guitarra nova, formar uma banda, ter um casal de filhos correndo pelo jardim, contemplar o sorriso de uma mulher que fizesse suas pernas tremerem só em encarar seus grandes olhos amendoados?
Sei que os pastores, padres e catedráticos dos dogmas dirão: isso é uma heresia!
Mas eu questiono: Porque?

E se Jesus fosse apenas um garoto que entendeu a verdadeira essência da vida, que teve coragem de sorrir e não teve medo de fazer amigos e falar sobre como a vida pode ser simlpes, e consequentemente a isso, bela? E se Jesus foi apenas um garoto que em meio a tantos estudiosos de sua época, fez as pazes com Deus em um mundo onde os homens conquistaram a proeza de produzir uma fé cética, onde Deus era divulgado como um pai criador, mas era tratado como uma formula de produzir e pastorar ovelhas.

E se Jesus foi o garoto da caverna de Platão, que rompeu suas correntes, viu o mundo lá fora, e voltou pra contar a seus companheiros acorrentados que o mundo não era apenas sombras.

Sei que os pastores, padres e catedráticos dos dogmas dirão: bom, acho que aqui eles já não dirão mais nada. Eles estarão tremendo, fazendo o sinal da cruz, ou sei lá mais o quê!

Mas não seria uma idéia divina? Uma pessoa tão sagrada, e tão humana ao mesmo tempo. Às vezes eu acho que essa idéia é rebatida porque parece que existe uma certa sustentação de status. Se Jesus não for o filho de Deus, for apenas um homem, um garoto, não é nada. Muito esquisito isso. Até tentaram apagar seu pai humano de sua história, pois pouquíssimo sabemos sobre o Carpinteiro José. Mas em fim, não poderia ser as duas coisas? Ele não poderia ser o filho de Deus, mas também um garoto cheio de sonhos, anseios, medos e paixões. Não é divino isso? Um homem Deus! Assim como todos os homens!

Mas é claro que os pastores, padres e catedráticos dos dogmas dirão: Absurdo!
Mas foi o que disseram na época de Jesus, ao próprio Jesus! Será que não estamos nos repetindo em nossas religiões, e resgatando a tão contraditória “fé cética”, onde a essência divina do homem dá lugar à mentalidade de um rebanho de ovelhas?

Imagino como seria maravilhoso se a humanidade olhasse e dissesse: “hei, aquele é o garoto Jesus! Ele quer ser astronauta quando crescer” e entendesse a beleza e santidade que existe nessa simplicidade. Um garoto com sonhos apaixonados. Isso seria fazer amizade com Deus, sem dúvidas

Mas é claro! Os pastores, padres, catedráticos dos dogmas dirão: de jeito nenhum!

2 comentários:

Stive disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Joaquim disse...

De uma coisa tenho certeza meu irmão, se ele fosse apenas um garoto. Olharia para aqueles que usam a religião como fonte de bem e mau, e diria mostrando a lingua:
- Vocês são chatos.